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segunda-feira, 9 de abril de 2018

Livros têm a forma de portas: um poema / “Books are door-shaped”: a poem


Quint Buchholz



Tula [“Books are door-shaped”] 



Books are door-shaped
portals
carrying me
across oceans
and centuries,
helping me feel
less alone.

But my mother believes
that girls who read too much
are unladylike
and ugly,
so my father's books are locked
in a clear glass cabinet. I gaze
at enticing covers
and mysterious titles,
but I am rarely permitted
to touch
the enchantment
of words.

Poems.
Stories.
Plays.
All are forbidden.
Girls are not supposed to think,
but as soon as my eager mind
begins to race, free thoughts
rush in
to replace
the trapped ones.

I imagine distant times
and faraway places.
Ghosts.
Vampires.
Ancient warriors.
Fantasy moves into
the tangled maze
of lonely confusion.

Secretly, I open
an invisible book in my mind,
and I step
through its magical door-shape
into a universe
of dangerous villains
and breathtaking heroes.

Many of the heroes are men
and boys, but some are girls
so tall
strong
and clever
that they rescue other children
from monsters.

Margarita Engle

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

"Os livros, esses animais sem pernas...": uma citação de José Luís Peixoto





"Os livros, esses animais sem pernas, mas com olhar, observam-nos mansos desde as prateleiras. Nós esquecemo-nos deles, habituamo-nos ao seu silêncio, mas eles não se esquecem de nós, não fazem uma pausa mínima na sua vigia, sentinelas até daquilo que não se vê. Desde as estantes ou pousados sem ordem sobre a mesa, os livros conseguem distinguir o que somos sem qualquer expressão porque eles sabem, eles existem sobretudo nesse nível transparente, nessa dimensão sussurrada. Os livros sabem mais do que nós mas, sem defesa, estão à nossa mercê. Podemos atirá-los à parede, podemos atirá-los ao ar, folhas a restolhar, ar, ar, e vê-los cair, duros e sérios, no chão.

(...) Os livros, esses animais opacos por fora, essas donzelas. Os livros caem do céu, fazem grandes linhas rectas e, ao atingir o chão, explodem em silêncio. Tudo neles é absoluto, até as contradições em que tropeçam. E estão lá, aqui, a olhar-nos de todos os lados, a hipnotizar-nos por telepatia. Devemos-lhes tanto, até a loucura, até os pesadelos, até a esperança em todas as suas formas".



José Luís Peixoto, "Abraço"

Via Canto do Livro

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Porque hoje é o Dia da Criança, aqui fica um livro sobre crianças



O livro O Cérebro da Criança explicado aos Pais é da autoria do Dr. Álvaro Bilbao.



"Se tem este livro na mão é porque, como pai, mãe ou educador, há uma criança na sua vida e como tal tem oportunidade de estabelecer uma ligação com a parte do cérebro que ri, brinca e sonha no seu interior. Educar uma criança também é uma grande responsabilidade e, provavelmente, o acto mais importante da vida de muitas pessoas. A importância da paternidade atinge todos os níveis da existência humana. No campo biológico, os filhos são a semente que pode disseminar os seus genes e garantir a sua difusão nas gerações futuras. No campo psicológico, implica para muitas pessoas a realização de um instinto que não se pode reprimir. E, no espiritual, representa a possibilidade de atingir a plenitude ao ver os filhos crescerem felizes.

Tal como qualquer pai ou mãe percebe assim que segura o seu filho nos braços pela primeira vez, a paternidade também implica uma série de responsabilidades de todo o tipo. Em primeiro lugar estão as relacionadas com o cuidado, que incluem a nutrição, a higiene e a proteção básica da criança. Felizmente, as parteiras do hospital e as sempre disponíveis avós ter-lhe-ão dado aulas teóricas e práticas sobre tudo isso. Em segundo lugar estão as responsabilidades económicas. Um filho implica uma série de gastos que é preciso assumir para satisfação de grandes superfícies, farmácias, infantários e supermercados. Felizmente, o sistema de ensino instruiu-o durante uma média de doze anos para que ganhe um salário. Lê e escreve. Sabe trabalhar com um computador. Fala – ou tenta falar – inglês. É capaz de ficar sentado durante quase oito horas todos os dias. Sabe trabalhar em equipa e tem formação específica no que quer que faça. A terceira responsabilidade de qualquer pai, e a mais importante, é a educação dos seus filhos. Na minha perspetiva, educar é apenas apoiar a criança no seu desenvolvimento cerebral, para que algum dia esse cérebro lhe permita ser autónoma, atingir as suas metas e sentir-se bem consigo própria. Embora explicado assim possa parecer um pouco simples, educar tem as suas dificuldades, e a maior parte dos pais e das mães não teve qualquer formação sobre a forma como podem ajudar os seus filhos nesse processo. Essencialmente, desconhecem qual é o funcionamento básico cerebral, como se desenvolve ou como podem apoiar o seu amadurecimento. Por vezes, os pais e as mães sentem-se perdidos, à toa ou inseguros em relação à forma como podem ajudar os filhos em diferentes aspetos do seu amadurecimento intelectual e emocional. Outras vezes agirão com confiança, mas de forma contrária àquela que o cérebro do filho precisa nesse momento. Não o quero enganar nem lhe quero apresentar uma ideia distorcida da influência que, como mãe ou pai, pode ter no desenvolvimento intelectual e emocional dos seus filhos. O seu filho vem equipado de série com um carácter que marcará a sua forma de ser para toda a vida. Há crianças mais introvertidas e outras mais extrovertidas. Há crianças calmas e outras nervosas. Também sabemos que pelo menos 50% da inteligência dos seus filhos é determinada pelos genes. Alguns estudos indicam que, provavelmente, outros 25% dependem dos colegas da escola e dos amigos com que se relacionam. Isto levou alguns especialistas a assumir que os pais têm pouca influência no desenvolvimento dos filhos. Porém, esta afirmação não está correcta. A criança, muito especialmente durante os primeiros anos de vida, precisa dos pais para se desenvolver. Sem o leite materno, sem os seus cuidados, sem as suas palavras ou sem os seus abraços que a protegem e acalmam, a criança cresceria com necessidades intelectuais e emocionais irreparáveis. O desenvolvimento cerebral da criança está na segurança, no cuidado e no estímulo que a família oferece. Hoje em dia, os pais e as mães têm mais oportunidades do que em qualquer outra época da História de acertar na educação dos seus filhos. Dispomos de mais informação e as investigações sobre o cérebro põem à nossa disposição conhecimentos e ferramentas práticas que podem ajudar os nossos filhos a desenvolverem-se plenamente. Infelizmente, também podemos enganar-nos mais. A verdade é que em apenas duas décadas o número de crianças que tomam medicação neurológica ou psiquiátrica nos Estados Unidos foi multiplicado por sete. Esta tendência continua a crescer e parece espalhar-se como um rastilho de pólvora através do mundo «desenvolvido» e, atualmente, uma em cada nove crianças passará parte da sua etapa escolar sob efeito de psicofármacos. A verdade é que perdemos valores na educação das crianças, valores que a ciência destaca como fundamentais para um desenvolvimento cerebral equilibrado. Consequentemente, no âmbito da educação e do desenvolvimento infantil proliferam corporações interessadas em ganhar dinheiro com complexos programas de estimulação cerebral, infantários capazes de criar génios ou fármacos que revertem a possibilidade de se distraírem e que melhoram o seu comportamento. Estas empresas baseiam-se na crença popular de que este tipo de programas, incentivos ou tratamentos têm um impacte positivo no desenvolvimento cerebral. No outro extremo há também teorias e pais que confiam numa educação radicalmente natural, na qual a criança cresce livre de normas ou frustrações, incentivados por estudos que indicam que a frustração no bebé pode provocar problemas emocionais, que os limites interferem no potencial criativo da criança ou que um excesso de recompensas pode criar problemas na sua confiança. As duas conceções, a de que o cérebro da criança potencia as suas capacidades com o reforço da tecnologia e a de que o ser humano só é capaz de atingir um desenvolvimento pleno através da exploração e da experiência livre, demonstraram não estar corretas. A realidade é que o cérebro não funciona como gostaríamos que funcionasse, nem sequer como, por vezes, julgamos que funciona. O cérebro funciona como funciona. Neurocientistas de todo o mundo andam há décadas a tentar decifrar quais são os princípios nos quais se apoia o desenvolvimento cerebral e que estratégias são mais efetivas para ajudar as crianças a serem mais felizes e a desfrutarem de uma capacidade intelectual plena. As investigações sobre evolução e genética revelam que, longe de sermos puramente bondosos, nós, seres humanos, temos instintos opostos. Basta ir a um recreio de uma escola para ver como, longe dos olhares dos professores, aparecem os instintos de generosidade em forma de altruísmo e colaboração mútua, mas também outros mais selvagens, como a agressividade e o domínio. Sem o apoio dos pais e dos professores para que guiem a criança e a ajudem a satisfazer as suas necessidades dentro dos limites que o respeito pelos outros estabelece, a criança está perdida. Sabemos que em grande medida o que fez evoluir a nossa espécie foi a nossa capacidade de transmitir valores e cultura de geração em geração, o que nos tornou mais civilizados e solidários – embora, nos dias que correm, possa não o parecer –, um trabalho que o cérebro não pode fazer por si próprio e que precisa do acompanhamento atento de pais e professores. Outras investigações sobre o desenvolvimento cerebral apresentam dados segundo os quais o estímulo precoce não tem qualquer impacte na inteligência de uma criança saudável. Neste sentido, a única coisa que parece demonstrada é que durante os primeiros anos de vida a criança tem uma maior capacidade para desenvolver aquilo que conhecemos como o ouvido absoluto, ou a capacidade de aprender música ou uma língua como se fosse a língua materna. Isto não significa que uma escola bilingue seja melhor do que uma escola não bilingue, sobretudo porque se os professores não forem nativos a criança desenvolverá um ouvido com sotaque, em vez de desenvolver um ouvido absoluto. Neste sentido, pode ser mais benéfico que as crianças vejam os filmes em versão original, ou que tenham algumas aulas por semana de inglês ou chinês, mas que sejam dadas por professores nativos. Ao mesmo tempo também sabemos que programas como o Baby Einstein, ou ouvir música de Mozart, não contribuem para o desenvolvimento intelectual da criança. Uma criança que ouve música clássica pode relaxar e, portanto, realizar melhor alguns exercícios de concentração uns minutos depois, mas nada mais. Passados uns minutos, o efeito desvanece-se. Da mesma forma, dispomos de dados categóricos que demonstram que a exposição das crianças a smartphones, tablets e outros dispositivos electrónicos eleva o risco de terem problemas de comportamento ou perturbações de défice de atenção. Estes dados também indicam que este défice está, sem sombra de dúvidas, sobrediagnosticado; ou seja, há uma percentagem relativamente elevada de crianças que tomam medicação psiquiátrica que, na verdade, não precisam. A tendência para sobrediagnosticar o défice de atenção é apenas a ponta do icebergue. Longe de serem as responsáveis, as farmacêuticas só aproveitam o contexto educativo de muitos lares. As longas jornadas de trabalho, a falta de dedicação dos pais, a falta de paciência e de limites e – como já indicámos – o aparecimento dos smartphones e dos tablets parecem estar – pelo menos em parte – por trás do enorme aumento de casos de perturbação de défice de atenção e de depressão infantil. 

Há muitos programas milagrosos que prometem desenvolver a inteligência da criança, mas, como pode ver, quando esses programas se submetem ao rigor científico não demonstram qualquer eficácia. Provavelmente a razão pela qual muitos deles fracassam é porque o seu principal interesse é acelerar o processo natural de desenvolvimento cerebral, julgando que chegar antes permite chegar mais longe. Porém, o desenvolvimento cerebral não é um processo que se possa acelerar sem perder parte das suas propriedades. Da mesma forma que um tomate transgénico que fica maduro em poucos dias e atinge dimensões e cor «perfeitas» perde a essência do seu sabor, um cérebro que se desenvolve sob pressão, com pressa para ultrapassar etapas, pode perder pelo caminho parte da sua essência. A empatia, a capacidade de esperar, a sensação de calma ou o amor não podem ser cultivados como se estivessem numa estufa; requerem um crescimento lento e progenitores pacientes que saibam esperar que a criança dê os seus melhores frutos, precisamente no momento em que estiver preparada para os dar. Este é o motivo pelo qual as descobertas mais importantes da neurociência em relação ao desenvolvimento do cérebro da criança se concentram em aspetos aparentemente simples como a influência positiva da ingestão de fruta e peixe durante a gravidez e os primeiros anos de vida da criança, os benefícios psicológicos de embalar o bebé nos primeiros anos de vida, tal como o papel do afeto no desenvolvimento intelectual da criança ou a importância das conversas entre mãe e filho no desenvolvimento da memória e da linguagem num reconhecimento claro de que no desenvolvimento cerebral o essencial é o que é realmente importante.

A verdade é que sabemos muitas coisas sobre o cérebro que poderiam ajudar os pais e as mães, mas que infelizmente eles desconhecem. Quero ajudá-lo a saber como é que pode influenciar de forma muito positiva o desenvolvimento cerebral do seu filho. Há centenas de estudos que provam que o cérebro tem uma enorme plasticidade e que os pais que utilizam as estratégias adequadas ajudam em maior medida os seus filhos a terem um desenvolvimento cerebral equilibrado. Por isso juntei os fundamentos, as ferramentas e as técnicas que podem ajudá-lo a ser a melhor influência no desenvolvimento intelectual e emocional do seu próprio filho. Com isto não só vai conseguir ajudá-lo a desenvolver boas capacidades intelectuais e emocionais, mas também vai contribuir para prevenir dificuldades no seu desenvolvimento, tal como o défice de atenção, a depressão infantil ou os problemas de comportamento. Estou convencido de que uns conhecimentos básicos sobre a forma como se desenvolve e se constrói o cérebro da criança podem ser de grande ajuda para os pais e as mães que os quiserem aproveitar. A meu ver, os conhecimentos, as estratégias e as experiências que vai encontrar de seguida contribuirão para fazer do seu trabalho como pai ou mãe uma experiência plenamente satisfatória. Mas, sobretudo, espero que mergulhar no maravilhoso mundo do cérebro da criança o ajude a estabelecer uma relação com a sua criança perdida e a compreender melhor os seus filhos, para dessa forma obter o melhor de cada um de vocês".

Álvaro Bilbao


sexta-feira, 31 de março de 2017

49 sinais de que és viciad@ em leitura/ 49 signs you’re addicted to reading









 Não me identifico com todas mas ainda assim há muitas que me descrevem. :)


1.  People are cool but reading is your preferred social activity.
2. You know what a book hangover is and you have them frequently.
3. You plan whole afternoons around browsing bookstores.
4. If you go too long without buying or reading a book you feel a huge sense of withdrawal and are thinking of the next time you can get away to a bookstore or library.
5. You have trouble functioning at work or school sometimes because you stayed up late reading.
6. You’re constantly sharing your favorite book quotes on social media and have either a Pinterest board or Tumblr dedicated to these quotes.
7. You’re always looking forward to the weekend but mostly because you can’t wait to get 2 whole days for unadulterated alone time with a new book.
8. You carry a book with you at all times because you never know when you’ll have a spare minute to do some extra reading.
9. Your friends and family have stopped asking you what you want for Christmas or birthdays because they know you’ll always say books.
10. You take your book clubs seriously. If you show up and you haven’t read the book? GTFO.
11. When you go out to dinner you find yourself wanting to gush about a book you’re reading and the characters in the story. You’ve been spending so much time with them you feel like they’ve become a part of your life just as much as anyone else.
12. You don’t mind layovers so much because you know it’s a perfect time to get in extra reading.
13. When you travel you always bring as least two books because you’re not sure what kind of mood you’ll be in or what sort of story you’ll feel like reading.
14. And if you don’t have a Kindle you just sort of assume half of your luggage will be all books.
15. When someone talks smack about one of your favorite writers you instantly get defensive and suggest they try reading another work by them.
16. You legitimately don’t understand people who say they don’t read.
17. When the movie version of a book comes out you’ll go see it but you know there isn’t any way the movie could be better than the book.
18. And when you do see the movie you’re appalled at how much of the story they left out.
20. One of your favorite things to do when arriving in a new city is to check out the local bookstores.
21. You actually have a bookstore bucket list of amazing bookstores around the world you absolutely want and need to visit before you die.
22. You’ve stopped lending books to friends because you know they just won’t care for the books in the way they should be cared for.
23. You don’t understand how people can be lonely when they have books.
24. You’ve skipped over entire meals or canceled plans just so you could finish a book.
25. You honestly can’t think of a better way to spend a Sunday than reading a book and drinking coffee or tea.

26. You buy all your friends and family a book for Christmas.
27. You always check out the max amount of books you can at the library and get annoyed when someone asks you if you’ll actually be able to read all of those by the due date. Hello, do you even know me?
28. You have words from your favorite author or book tattooed on your body somewhere.
29. You buy more books even if you have a stack of books that haven’t been read yet.
30. And you feel sort of guilty that you haven’t read those books yet but you will! Someday!
31. Pretty much your entire apartment is filled with stacks of books.
32. You sort of hate when a book is 250 pages or under because you know you’ll just end up reading it within a day or two and will have to find something else to read when it’s finished.
33. But that’s okay because you always have at least a few emergency books you can choose from if you have nothing else to read.
34. Some of your wardrobe choices are influenced by your favorite characters.
35. Or you straight up own t-shirts and sweaters with covers of classic novels.
36. When people can’t find you they just assume you’re at a bookstore.
37. And if you’ve stopped answering texts for the night people know you’re probably just engrossed in a book.
38. Significant others have caught you weeping at 3 a.m. clutching a novel but they’ve learned not to be alarmed by it anymore.
39. You feel legitimate sadness when a book only has a couple chapters left. You don’t want to leave your characters yet.
40. You love seeing people in public with books and you’re always try and catch a peek at the title to see what they’re into.
41. When the ending of a book sucks you feel seriously betrayed by the author. I mean, how could they do this to me?
42. You think the only way you can truly get to know an old, used book is by smelling it. Ahh, old book smell.
43. When you find a used bookstore you get ridiculously excited. The level of excitement can sometimes trump excitement over other awesome things like pizza places, icecream shops, etc. Your enthusiasm for used bookstores knows no bounds.
44. You take it personally when you recommend a book to a friend and 6 months later they still haven’t read it. What are they even waiting for?
45. Or even worse when you buy a book for someone and they don’t read it. How are we supposed to bond over our favorite passages!?
46. You wake up in the morning thinking about the characters in a book and wondering what will happen.
47. You own a variety of different editions of your favorite book. If you see it in a foreign bookstore or with a new cover you can’t help but want it for your collection.
48. You’ve yelled at a book in public.
49. Most of your Instagram photos are of stacks of books next to a cup of coffee. 

Koty Neelis

 Fonte

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